A enfermeira interroga-se se o paciente entende que tem um problema. A conversa começa com algumas perguntas genéricas e o primeiro diagnóstico toma forma: o problema existe mas parece não ser grave.
Cenário 1. O médico chega e recebe toda a informação recolhida pela enfermeira. Depois de mais algumas perguntas, sugere uma análise complementar de diagnóstico que é executada nas horas seguintes. O diagnóstico é agora claro. O médico explica ao paciente o problema e a solução a adoptar. A enfermeira regressa da farmácia e o tratamento adequado é iniciado de imediato. O paciente regressa à sua vida normal, com cuidados acrescidos que o obrigam a determinados comportamentos diferentes do habitual. A história não é emocionante. O paciente sobrevive. Os canais de televisão perdem audiência.
Cenário alternativo. O paciente está confiante porque o filho de um amigo fez um curso de primeiros socorros e aprendeu a dar injecções. Além disso, a enfermeira começa a agradar-lhe, em mais que um sentido. Provavelmente não é nada, pelo que falar dos sintomas só vai atrair os problemas. A visita do médico nunca chegou a acontecer mas um canal de televisão faz uma nova entrevista para explorar a relação com a enfermeira, que o paciente descobre ser filha do farmacêutico. A história começa a entusiasmar. O paciente está feliz. Um canal de televisão duplica as audiências.
Esta história repete-se em diversas áreas, com personagens diferentes. A gravidade e as consequências são variáveis, mas o resultado no médio prazo é sempre o mesmo: o cenário alternativo, mais tarde ou mais cedo, revela-se um desastre.
Na minha área o cenário alternativo tem sido responsável por anos (uma década?) de desperdício, com as empresas a gastar dinheiro na Web sem conseguirem resultados evidentes. O mercado está saturado de curiosos que propõem soluções com boa aparência e sem nenhuma garantia de resultados. Muitas empresas dão pouco valor à competência e engravidam com frases feitas. Os escassos exemplos de sucesso são ignorados e o folclore continua. Mas suspeito que chegou a hora de médicos, enfermeiros e farmacêuticos conseguirem mostrar que o seu trabalho, a longo prazo, é o único que alguma vez produziu resultados sustentáveis.
Façam perguntas. Sejam saudáveis.
Cenário 1. O médico chega e recebe toda a informação recolhida pela enfermeira. Depois de mais algumas perguntas, sugere uma análise complementar de diagnóstico que é executada nas horas seguintes. O diagnóstico é agora claro. O médico explica ao paciente o problema e a solução a adoptar. A enfermeira regressa da farmácia e o tratamento adequado é iniciado de imediato. O paciente regressa à sua vida normal, com cuidados acrescidos que o obrigam a determinados comportamentos diferentes do habitual. A história não é emocionante. O paciente sobrevive. Os canais de televisão perdem audiência.
Cenário alternativo. O paciente está confiante porque o filho de um amigo fez um curso de primeiros socorros e aprendeu a dar injecções. Além disso, a enfermeira começa a agradar-lhe, em mais que um sentido. Provavelmente não é nada, pelo que falar dos sintomas só vai atrair os problemas. A visita do médico nunca chegou a acontecer mas um canal de televisão faz uma nova entrevista para explorar a relação com a enfermeira, que o paciente descobre ser filha do farmacêutico. A história começa a entusiasmar. O paciente está feliz. Um canal de televisão duplica as audiências.
Esta história repete-se em diversas áreas, com personagens diferentes. A gravidade e as consequências são variáveis, mas o resultado no médio prazo é sempre o mesmo: o cenário alternativo, mais tarde ou mais cedo, revela-se um desastre.
Na minha área o cenário alternativo tem sido responsável por anos (uma década?) de desperdício, com as empresas a gastar dinheiro na Web sem conseguirem resultados evidentes. O mercado está saturado de curiosos que propõem soluções com boa aparência e sem nenhuma garantia de resultados. Muitas empresas dão pouco valor à competência e engravidam com frases feitas. Os escassos exemplos de sucesso são ignorados e o folclore continua. Mas suspeito que chegou a hora de médicos, enfermeiros e farmacêuticos conseguirem mostrar que o seu trabalho, a longo prazo, é o único que alguma vez produziu resultados sustentáveis.
Façam perguntas. Sejam saudáveis.