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Demasiado grande para falhar

1/2/2017

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Estou farto de grandes! Sempre que alguém enche a boca de vaidade e me fala de “uma grande empresa”, “um grande clube” ou mesmo do “grande Estado”, a minha boca enche-se de vómito. Desde quando tamanho é apenas uma qualidade?
Bom, pode argumentar-se que o povo diz “demasiado grande para falhar”. O mesmo povo que diz “quem não arrisca não petisca” e “mais vale um pássaro na mão que dois a voar”. Por isso, não confio cegamente na voz popular. Se o fizéssemos todos, ainda vivíamos na idade da Terra plana.
Falemos então de teoria. A teoria do “demasiado grande para falhar” assenta no pressuposto que o dano de uma falha seja de tal forma enorme que a falha seja inaceitável.
Todos vimos ao que nos levou a falha do sistema financeiro global, que continuaremos a pagar por muitos anos que hão-de vir. Se tudo isso fosse um filme, então o título seria apropriado. Mas não, na realidade, o título mais correcto para a teoria deveria ser “quando poucos falham, muitos pagam”.
Na Matemática, todos os números são tratados da mesma forma e um sinal negativo faz com que o enorme se torne minúsculo. Já na Física grandeza implica lentidão. Demasiado grande torna-se então sinónimo de demasiado lento, demasiado arriscado ou mesmo demasiado inútil.
Estamos fartos do demasiado grande. Estamos fartos de ser minúsculos perante a aparente superpotência dos grandes. Mas podemos fazer alguma coisa?
Podemos trocar uma grande empresa por uma empresa menor.
Podemos telefonar, ainda que seja para o “call center” que começa por nos informar que a chamada vai ser gravada por motivos de qualidade. Adoro quando telefono e a primeira coisa que fazem é dizer-me que me vão gravar. Adoração só superada pela mensagem no telemóvel que diz que o cliente para o qual estou a ligar agora pertence a outra empresa.
Podemos pedir que não nos perguntem sempre o nosso número, temos um nome para alguma coisa. Podemos pedir que nos tratem como indivíduos e não como parte de um estereótipo. Podemos perguntar e esperamos que nos expliquem mais do que o habitual “é o sistema”. Podemos lembrar que ainda somos nós que pagamos, mesmo quando até não o fizemos porque estamos a ser absolutamente escravizados pelo fornecedor. Podemos pedir que comecem a carta com um “queira desculpar se já procedeu ao pagamento” em vez de começar pelo “a quantia abaixo encontra-se por pagar”.
Podemos pedir o que nos prometeram antes que nos peçam o que prometemos de volta.
Digo podemos porque acredito que no nosso cantinho os monopólios já acabaram. Sei que estou a ser optimista, que isso não é verdade. Alguns monopólios perpetuam-se para que os mesmos possam usufruir das suas mordomias. Eles ainda não sabem. Mas eu sei que o fim se aproxima.
Demasiado grande para falhar? Esperem por mim. Esperem por nós! 
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